Resposta ao post anterior.

sexta-feira, junho 05, 2009

Quis muitas vezes perdoar verdadeiramente. No fim de março, no início de abril, em maio. Minha mente estava afogada em desconfiança e falta de esperança que pudéssemos ser o que éramos antes; irmãs. Um post antes do que lestes, dizia o seguinte:

"Quando a afeição se torna ódio... crescente. Odeio falsidade. E odeio ter que forçar-me a ser falsa por necessidade. Sinto-me uma merda ao fazer isso, mas é preciso. Pelo menos, por enquanto. Odeio odiar também a pessoa e ao mesmo tempo, sentir a antiga afeição sufocada lá dentro. Mágoa desgraçada. Queria realmente poder perdoar verdadeiramente. Queria realmente que minha cabeça e coração perdoasse.


I feel guilty
My words are empty
No signs to give you
I don't have time for you

You say I'm heartless
And you say I don't care
I used to be there for you
And you've said I seem so dead, that I have changed
But so have you

I put a shield upon you
I didn't mean to hurt you
I would have only poisoned your mind
Never meant to make you cry

You've been so thoughtless
I can see right through you
You used to be there for me
Don't you leave and say goodbye?
Cause you have changed but so have I

I never thought that the time and the distance
Between us made you so much colder.

(Guilty - The Rasmus)"

Pois é, quando eu disse que queria perdoar verdadeiramente, não estava blefando. Eu sabia que se perdoasse, o ódio se derreteria e poderíamos voltar a nossa amizade de antes.
Quero que compreenda apenas algumas coisas: não alimentei o ódio, pelo contrário, luto contra ele todos os dias. Como já tinha dito antes, ódio é um sentimento que não costumo, nem gosto de carregar. E não, NÃO PENSE QUE EU NÃO TE AMO. Não é isso.

Digo que amo-a, mas estou blefando. Ela deve saber disso mais do que ninguém. Eu te amo virou "bom dia" literalmente e como tenho nojo disso.” No caso, quando digo/dizia que te amava, é blefe quando aqui dentro o ódio é rei. No meu interior, eu sei que não estou mentindo, mas é como se eu não quisesse te mostrar isso. Como é mentir para os próprios sentimentos? É disso que estou falando. Enquanto converso contigo, sei que meu ódio está ligado e o amor sufocado. Tenho medo de ser completamente cega pela raiva e mágoa, e acabar te ferindo. Mais do que já o fiz. Seja física ou verbalmente.

Por isso minha preferência por não te ter mais na minha vida, em te cortar. Por isso que eu falo só o “básico do básico”. Não entro em assuntos, não puxo, para evitar qualquer atrito, qualquer coisa.

Até porque nunca foi de briga pesada com amigos. E nunca apoiei. Na realidade, eu costumo fugir de atritos, resolvendo os problemas com os amigos. Eu ia tentar isso assim que conseguisse dominar a raiva e mágoa.

Outro detalhe: quando voltastes a falar comigo, pra mim era puramente falsidade. Não acreditava no papo de amigas de novo, ou acreditava pouco. Achavas que poderias me dar outra rasteira novamente. Eu não queria colocar meu amor por ti a prova de novo, não queria botar as mãos no fogo por ti, como fazia antes. Tinha medo, raiva, mágoa, tristeza. Ao mesmo tempo, queria perdoar. “Quem ama perdoa”. E por não ter o amor como guia, não conseguia fazer isso.

Me sentia mal. Pensava muitas vezes: “Ela me perdoou pelos meus erros, pelas minhas atitudes mais graves; e eu não consigo fazer isso.” Não foi falta de tentativa, nem vontade, foi medo. (...) E quando me pedistes conselhos, eu te avisei – e não foi uma vez - que eu era a pessoa mais suspeita pra te dar conselhos. E os conselhos não foram falsos, pense o que pensar, está a seu critério. Apesar de, confesso, algumas vezes tentar te pressionar malvadamente (...).

Só pra esclarecer esse último episódio.

Deves ter lido no post que estava sendo falsa por obrigação. (...) Porque por mim (e pelo meu ódio), eu nunca mais falaria contigo devido a raiva e mágoa. Sim, eu passei por cima de ti, de mim mesma, dos meus princípios. Não sei se consigo confiar nas tuas palavras, no teu amor novamente. E sei que estás se sentindo do mesmo jeito, se for verdadeiro o que me dizes. Isso já não é mais problemas com o ______; agora é só nós duas que podemos escolher o que fazer para reparar nossa amizade.

Uma vez me falastes que sem mim era como se estivesses sem a muleta para te dar apoio. Sinto o mesmo, lá dentro. Não quero te magoar com meu ódio, com minhas palavras cortantes. Saiba que o post foi um desabafo, literalmente. Tudo o que tava passando, o quão ruim eu me sentia sendo falsa, o quão ruim era aquele ódio me consumindo. Na realidade, eu queria que tivesses lido mesmo. Foi proposital, porque eu sabia que tinhas o endereço do meu blog e já tinhas lido ele anteriormente. Pensei na possibilidade de leres e o deixei lá. Foi mais rápido do que eu mesma esperava. E eu sabia que ias pensar muita coisa de mim, que eu não te amava, e os caramba a 4.

Precisava dessa conversa e alguma coisa para iniciá-la, e então usei o blog para isso. Eu até pensei em te falar para ler o post, assim que coloquei lá. Só que algo me disse que irias ler, pedindo ou não.

Eu te amo _______________, e não é pouco. És minha irmã, a pessoa que me ouvia, que me ouviu chorar, a pessoa que estava do meu lado o tempo todo. Sinto falta dos conselhos, de te aconselhar, de poder te abraçar quando um dos nossos mundos está mal. E ainda te devo uma visita (por mais que a _______ não vá com a minha cara xD).

E se me amas mesmo como dizes, ajude-me a curar a dor da mágoa, destruir esse ódio e restaurar o amor novamente. Guardar isso não é bom, me faz sofrer, e não é isso que quero. Perdoe-me se te fiz sofrer, se te fiz passar por tanta dor. Assim, como quero conseguir perdoar toda a dor e revelação que sofri março/abril. Sinceramente.

Não quero que continue assim, falsidade não. Sei que posso destruir esse ódio, o problema é o tempo que levarei para isso. Terei que me superar, mas é a vida. Eu lhe disse uma vez: “todos os das temos que nos superar.” Não menti em relação à isso. Vamos tomar uma atitude juntas. Avalie minha situação, avalie se minha raiva pode te afetar ou te machucar. Se achares que pode, afasta-se, por um tempo, enquanto tento curar sozinha a mim mesma. Mas podemos curar uma a outra. Pode ser arriscado, mas realmente não me importo em arriscar as fichas novamente. Se teu amor for verdadeiro, sei que não me machucará mais. E o mesmo vale para mim.

1 reações