Monólogo #24 - Ventos Bons

terça-feira, dezembro 01, 2009

Ela se senta na cadeira do ônibus lotado, voltando para casa.
Seus pensamentos haviam acalmado-se enfim, e estavam retornando aos poucos para suas cadeiras. Algumas doses de consciência e razão tomavam.Encosta a cabeça no vidro da janela - como sempre -, fecha os olhos, boceja brevemente, repara em algumas cores e descansa a vista.
Ela não é a mais forte das pessoas, porém sente que pode superar-se em muitas coisas e entregar-se em outras, para seu bem. Entretanto força não está apenas nela; ela ganha forças de pessoas que seguram sua mão - longe ou perto -, apesar que toda a vontade de mudar concentra-se nela.
Quando você tem um sentimento forte, porém já não há mais motivos para mantê-lo consigo, não largue-o. Sentimentos desse tipo, são bonitos demais para serem destruídos ou deixados pela estrada. Redirecione-os. Se você tem um impulso em seu estômago, pense antes de agir. E a pior coisa que você pode fazer, é mentir para si mesmo. Apesar de tudo, mesmo que seja errado, não minta para si mesmo. E haja corretamente. Proteja as pessoas a sua volta e elas protegerão você. Porém nunca esqueça de proteger a si próprio. Não uma fortaleza de orgulho, e sim, obstáculos feitos de alertas.
Sorria muito e encontre motivos, até na mais profunda tristeza, para tal. Dê as mãos para quem estiver do seu lado, conquiste. Chore de felicidade. E se for pra chorar de tristeza, não evite e desabafe. Entretanto, sempre encontre um motivo para se sentir bem. Agarre-se em si mesmo e vá adiante.
E hoje ela tem o mundo nas mãos, e nem percebera isso. Palavras não significam nada, a vontade sim.
Haja poder em cada dedo... haja vontade de ser feliz.

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