C-h-a-t-o.

terça-feira, novembro 26, 2013


Aquele tipo de raiva.
Aquele tipo de estoura, enlouquece, piora - e estoura numa fala, por mais sincera e tranquila que ela seja.
Tranquila do jeito que achamos que é, mas geralmente ela não é tranquila. A fala mais tranquila que nos faz querer bater na porta da colega de quarto do lado e perguntar "posso dormir com você?". Aquela fala tranquila que não nos deixa ficar de boa, aquela fala que nos falta o próprio ar, aquela fala que faz você chorar durante a noite inteira. Aquela fala que definitivamente não deveria ter saído, mas não consegue se arrepender por tê-la dito, porque é mais do que a pura verdade.
"You're so fucking boring" completando na mente com um "and fuck you very very very much". Levantei da mesa e fui deixar algumas lágrimas escorrerem no banheiro. Não sabia o que era. Podia ser raiva, poderia ser tanta coisa que nem eu soube direito o que dizer na hora que voltei. Respirei, contei até quando pude contar e a vida retornou ao que era. A verdade é que até uma hora desses, eu ainda estou espumando de raiva, com vontade de esquartejar o ser que me ignorou, que me trata estranho, me trata como se estivéssemos uma montanha-russa. E não é justo, mas ao perceber que eu o trato do mesmo jeito, de quem é o erro aqui? Quem começou isso?
Tanta coisa pra falar, mas a verdade é que eu não posso contar a verdade.

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