Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...

Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...

Romântico
É uma espécie em extinção.

(Nado Siqueira)


Hoje, voltando de ônibus do colégio para casa, um revolta se instalou dentro de mim. Aonde estará o romantismo atualmente? Eu lembro que fiz uma redação sobre isso no cursinho, todavia quero colocar com meu próprio jeito de escrever, sem aquelas convenções literárias que abomino (Na realidade, abomino convenções, quaisquer sejam).

Primordialmente, sou extremamente romântica, porém tenho medo de expressar-me.
Medo de rejeição do meu romantismo pelas pessoas. Então prefiro ficar mais guardada para mim mesma e minhas poesias. Mas existem ocasiões em que isto (o romantismo) fica aparente: eu já dei rosas, compro chocolates, abro a porta para garotos, escrevi milhões de cartas (80% não enviadas), viajo ouvindo músicas, choro com essas. Mimo, boto no colo como se fossem crianças, encho de carinho.
Não tenho vergonha de fazer 'o papel do garoto' (convenção estúpida).
Eu gosto de surpreender, de dar atenção. Sem ser um grude, lógico (Apesar de que adoraria ver quem gosto todos os dias, mas deleta aê). Sei o limite.
Hoje se fala 'eu te amo' por tudo. Até para aquele 'melhor amigo' que você conheceu há uma hora no Orkut. Globalização idiota, desvalorizando os sentimentos e tornando-os meras palavras sem significado.
Tenho medo de virar uma dessas pessoas eu-te-amo-pra-tudo. Às vezes pego-me nesse rumo e brigo comigo mesma. -.-
Sinto falta do romantismo. Repito isso mil e quatrocentas e doze vezes.


Ah sim, eu faço muitas reflexões dentro de ônibus.
Não chame-me de estranha.