Instinto
sexta-feira, setembro 23, 2011Então, fechei o punho e senti a adrenalina tomar conta.
Naquelas horas que és capaz de fazer qualquer coisa, qualquer erro - ou acerto.
Quando vi a cena, ao meu lado, a primeira coisa que veio na mente foi: "filho-da-puta!" e o primeiro ato seria um soco, um tapa, qualquer forma de violência física que me deixasse libertar aquele ódio contido. Senti-me um animal, prestes a proteger sua ninhada da ameaça de outro maior e mais forte. E era quase isso que estava acontecendo. Eu, fraca, em choque, utilizando da violência como única forma de defesa.
Para evitar, corri. Corri até onde pude, até as lágrimas começarem a cair. Tristeza? Não, eram lágrimas de raiva.
De repente, em um misto de intensidade, palavrões, revolta, os dois completamente insanos, houve um beijo violento e por fim, houve um esquecimento de tudo que nos separara, de qualquer problema, de qualquer pessoa.
E então o mundo dormiu em paz.
Só que, atualmente, existe um porém. Um grande porém.
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