Os gatos esparramados e a espada de balão.

domingo, março 17, 2013

Hoje eu tive que voltar na rua onde morei no primeiro ano da faculdade para ir fazer um trabalho ruas abaixo da minha antiga casa. No caminho para minha casa, havia muito silêncio e ninguém nas calçadas. "Domingo", pensei. No meio do caminho desviei dele, pois pessoas estranhas começaram a vir em minha direção. Eu sendo a medrosa de sempre.
Fiz uma boa escolha. Passei por uma casa onde haviam três gatos, um de cada cor, dormindo perto do portão. Eu me abaixei para acariciar o pelo de um deles, ele espreguiçou-se com o toque e ficou com os olhos fechados, muito agradecido pelo gesto. Depois brinquei com a orelha dele e segui o meu caminho. Eu sinto muita falta de ter um bicho de estimação em São Carlos. Em Belém, sempre fui rodeada de gatos, cachorros, hamsters, papagaio, passarinhos que gostavam dos pedaços de mamão que sempre ficavam nas janelas. Sinto muita falta do Torrada, um gato extremamente carinhoso e grudento, que vive atrás das minhas pernas quando volto pra casa.
Ao chegar no prédio e esperar o elevador, notei um balão cheio, desses bem compridos, jogado no lixo. Ao puxar o objeto, percebi que ele tinha forma de espada. Me empolguei e comecei a dar golpes no ar, sem imaginar o quão ridícula eu estava sendo para o meu único espectador, o porteiro, que via tudo pelas câmeras. Levei o tal do balão pro meu apartamento.
O domingo tava com um ar triste, nublado e frio. Eu senti falta dos meus bichos, do meu pai, do meu irmão. Cheguei em casa e me senti muito só. Cada bocadinho de mim sofre agora enquanto observo as nuvens de chuva se formarem por aqui. Mas julho vai chegar logo, eu sei.

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