Entre mães.

terça-feira, julho 31, 2012

Arranjando mães, pais e irmãos por aí, eis minha sina a cada começo de namoro e de amizade. Mas o que mais acho bacana é a consideração e carinho mantidos com os familiares de gente que partiu, que sumiu, ou ainda "e olha hoje, nem nos falamos mais"¹. Entretanto, para mim o que me deixa mais contente são as mães que ganhei. Não sei se a total ausência dessa figura feminina me faz apegar com minhas sogras e "tias" (leia-se mães dos meus amigos) ou simplesmente minha manha interior me deixa dessa maneira.
Ah, claro que não posso esquecer da Ana, que cuidou 14 anos de mim dentro de casa e me ensinou tudo o que ela podia me repassar. Dona Helen, dona Ivana, tia Odiléia, tia Angela, tia Rosa,... passei por tantas tias e donas, tantas mães, em algumas a distância abafou a relação e em outras a distância fortaleceu. Elas não imaginam o quanto fico feliz quando ouço falar que alguma delas perguntou por mim ou quando alguma me liga perguntando como está a faculdade.
Hoje em dia tornei-me a mãe particular de mim mesma graças ao esforço de um pai extremamente dedicado e com as contribuições que cada mulher que passou em minha vida deu. A experiência de morar sozinha por um ano e depois ir ultrapassando cada dificuldade, barreira ou problema - mesmo com os choros constantes e vontade de largar tudo que eu tinha - não foram momentos fáceis e em muitos momentos tive que ter abraços e ombros para desabafar a dor.
Quero agradecer às mulheres da minha vida por todas as broncas, todas as risadas, os momentos que me deixaram chorar quando eu não queria aparentar chorar, por todos os sorvetes e pelas saudades que todas me deixam toda vez que pego o avião de volta para cá.

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¹ Caio Fernando Abreu, frase que ficou apareceu na cabeça na hora de escrever.

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