And nothing else matters...

quarta-feira, março 25, 2009

Nota mental de hoje: não tenho notas mentais hoje.
1# (postagem original de 25/03)
Ela entrou no box do banheiro. Ligou o chuveiro e sentiu um frio enorme quando as gotas d'água começaram a bater em seu corpo nu.
Estava com febre? Parecia que estava, mas ao mesmo tempo não estava doente.
Sentiu o rosto inchado clamar por mais lágrimas, e lá estavam elas. Rolando quentes entre a água gelada, naquele corpo fútil, com a alma quebrada e com o coração cheio de dor.
Uma terrível dor de cabeça tomou conta e automaticamente, ela colocou as mãos na cabeça meio desesperada. Parecia que tudo ia explodir, que a vida ia terminar ali mesmo.
Se amparou na parede, respirou fundo, mas foi sufocada por lágrimas que não paravam, lágrimas que me matavam. Sentou no chão do banheiro, sentiu mais frio. Não sabia se estava com febre. Não, acho que não.
Encolheu-se e continuou com as lágrimas, com expressões de desespero e agonia. O coração estava apertado demais e estava sem voz. Um gemido de dor, mais dor de cabeça.
Mãos na cabeça, apertando-se com a voz rouca querendo falar algo.
O coração machucado, sangrando. E as lágrimas ainda não conseguiam cessar...
Fechou os olhos e deixou-se tomar pela dor, desânimo e falta de esperança.

2# (escrito na postagem original em 26/03)
Orgulho. Sete letras, três síbalas.
Orgulho. Sentimento de autoproteção que, se utilizado em excesso, pode ser de isolamento, conseqüentemente, dor. Como está o nível de orgulho de vocês?
O meu está deslizando, ladeira abaixo. Incrivelmente alguém o abalou de tal forma, que acho que vai ser ruim para mim. Necessito dele, entretanto ele não retorna.
Enquanto encaro meus olhos vermelhos no espelho, às 3:45 da madrugada, sei que ele está no meu olhar em algum canto. Deve estar me abolindo, gritante, perguntando-se aonde eu o coloquei e porque não o uso.
Não o uso. Não o usei. Nem vou usar.
Sinto algo quente nos meus olhos. De novo, de novo, repetindo-se brutalmente. Utilizando minha pele de montanha-russa, limpando meus olhos, esvaziando minha mente, maltratando meus sentimentos - ou aumentando-os consideravelmente -.
Preciso dele novamente para me reerguer. Não o encontro. Na realidade, nem sei se quero-o encontrar. A dor parece querer abafá-lo, e me sinto mais fraca do que nunca.
Aonde está minha força, que eu havia achado há dias atrás. O otimismo, que eu havia cultivado. O orgulho, o escudo. Eu já nem sei quem sou e pra onde vou.
Rolo para um lado da cama, ficando cara-a-cara com a parede. Estou sangrando todo meu coração pelos olhos; o que está havendo comigo?

1 reações

  1. Orgulho.Meu nívelde orgulho é naturalmente acima do descomunal.
    Te amo Nandz

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